terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A não-inscrição



Afinal, venho a saber, por outra mãe que hoje marcou encontro comigo, que a mãe da outra menina há já um mês que ameaçou bater na filha desta, enquanto a outra filha andava a alvejar a "amiga" com sms insultuosos... «Há um mês? E não me disseram nada?», pergunto incrédula. «Disse à minha filha que não a incomodasse com isso, que já deve ter muito trabalho». Então é por isso que as miúdas não prestam atenção nas aulas, concluo.

E na semana passada a outra bateu na filha desta que chegou a casa a coxear com o pé inchado e com "negras". As filhas e as mães não acreditam já na autoridade escolar e ajustam contas por meios próprios. É que, explica-me esta mãe, a filha no ano passado já foi ameaçada com uma pistola - e o conselho executivo nada fez, diz-me ela, diante da minha estupefacção crescente. Mas nada se sabe nem se conta. As pessoas preferem não se queixar. Calam, ruminam, maldizem e agem individualmente para sobreviver. É esta novela que os jovens aprendem na escola.

Entretanto, diante das participações dos DT, ouço um colega dizer que não adianta suspender os alunos, porque daí a dias voltam para a escola e fazem o mesmo... Eu nem queria acreditar no que estava a ouvir. A suspensão de um aluno desordeiro é imprescindível para dar exemplo aos demais, para actuar com justiça e para repôr a calma na turma durante aqueles dias. O contrário é instituir a lei da selva.

1 comentário:

DA disse...

Vejam lá se com o novo regime de gestão arranjam um Director melhorzinho.