quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Avaliações e avaliação



Enquanto os alunos e pais ajustam contas particulares, os professores embrenham-se no rol das avaliações dos seus pupilos. Não se lhes pode comunicar as notas antecipadamente, pois as decisões finais serão dos Conselhos de Turma. As DTês inserem faltas e classificações no sistema informático, arruma-se a papelada, preparam-se os relatórios dos apoios dados, das provas de recuperação, da justificações dos níveis de insucesso, etc.

Mas os professores - que são e sempre foram os especialistas da avaliação dos conhecimentos, das aprendizagens e das competências - agora não aceitam ser avaliados por um sistema absurdo, injusto e inexequível. Um modelo tecnocrático que - só este ano e com este simplex - promete dar um Bom e assegurar a progressão na carreira a quem executar simplesmente a parte administrativa do seu trabalho. A avaliação das competências pedagógicas, essas sim, as principais, só serão exigíveis a quem quiser ter nota de Muito Bom ou Excelente.

E se a ministra, por via do simplex de última hora, deixou cair (mas só este ano) a avaliação dos professores em função dos resultados dos seus avaliados - outros pedagólogos continuam a defender que os professores têm que ser avaliados pelas notas dos alunos. Quem fala assim não conhece a escola, nem sabe o que é ensinar. Não sabe nem pode avaliar...

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