segunda-feira, 18 de maio de 2009

Brincadeiras (3)


No meu tempo dos 10 a 13 anos, tínhamos várias brincadeiras, desde o jogo do berlinde, que era favorito, passando pela apanhada, as escondidas, o futebol, o básquete, o vólei e o ping-pong, até subir às árvores e construir casotas de madeiras velhas. As meninas jogavam muito ao elástico, ou às cinco pedrinhas (que equilibravam sobre as mãos). E havia aqueles jogos de lápis e papel, como o jogo do galo, a batalha naval e outros cujo nome e as regras esqueci, além do "verdade ou consequência". Eram todas brincadeiras organizadas segundo um plano prévio, estruturadas, e pode dizer-se que não havia conflitos nem zangas. Aprendíamos os jogos com os amigos e colegas, nenhum adulto no-los ensinava.

Hoje, as brincadeiras resumem-se só a duas: futebol e wrestling. São jogos quase sem regras. Os miúdos não conhecem outros e provavelmente fartam-se da variedade mínima. Brincam aos gangs desde cedo e o diálogo que mantêm passa quase sempre pela provocação e pelo conflito.

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